O que é IoT?
Definição detalhada de IoT
Em termos gerais, a Internet das Coisas inclui qualquer objeto ou “coisa” que possa ser conectada sem fio a uma rede de Internet. Hoje, a IoT passou a significar mais especificamente coisas conectadas e equipadas com sensores, software e outras tecnologias para transmitir e receber dados com a finalidade de informar os usuários ou automatizar uma ação. Tradicionalmente, a conectividade era obtida por Wi-Fi, mas hoje o 5G e outros tipos de plataforma de rede prometem tratar de imensos conjuntos de dados com velocidade e confiabilidade praticamente em todos os lugares.
Como os dispositivos IoT coletam e transmitem dados, o principal desafio é aprender o máximo possível com eles e tornar seus resultados e insights mais precisos e sofisticados. É aí que as tecnologias de IA entram em ação: elas complementam as redes de IoT com o poder das funções analíticas avançadas e o Machine Learning.
História da IoT
Em 2021, havia no mundo mais de 10 bilhões de dispositivos de IoT. Até 2025, a IDC espera que a geração de dados global exceda 73 zetabytes, ou seja, 73 trilhões de gigabytes. Embora seja impossível quantificar fisicamente os dados digitais, podemos dizer que, se fossem convertidos em disquetes da década de 1990, colocados um ao lado do outro, esses dados fariam 5.000 vezes o trajeto de ida e volta da Terra à Lua.
Em poucas décadas, os dados da IoT aumentaram exponencialmente e, é provável que continuarão a aumentar. O que desencadeou esse boom da Internet das Coisas? Para a IoT evoluir, um conjunto específico de tecnologias teve de surgir e avançar ao mesmo tempo.
- Conectividade: com a evolução da humilde conexão por modem, a conectividade atual da Internet e da nuvem é suficientemente rápida e robusta para enviar e receber um volume enorme de dados e sustentar o crescimento exponencial da IoT.
- Tecnologia de sensores: com o aumento constante da demanda por inovações em sensores IoT, o mercado passou de poucos e caros fornecedores de nicho para um setor globalizado de produção de sensores com preços competitivos. Desde 2004, o preço médio dos sensores de IoT caiu cerca de 70%, com mais funcionalidade e diversidade motivadas pela demanda.
- Poder computacional: nos próximos cinco anos, será criado o dobro dos dados gerados desde o início do armazenamento digital. Para usar e aproveitar todos esses dados, as empresas modernas exigem cada vez mais memória e poder de processamento. A corrida tem sido rápida e competitiva e impulsionou a relevância e a aplicabilidade crescentes da IoT.
- Tecnologia de Big Data: desde a década de 1980, os dados do mundo e a tecnologia computacional necessária para armazená-los cresceram exponencialmente. O avanço dos bancos de dados e das ferramentas de análise permitiram que o grande volume de dados gerados por dispositivos de IoT, equipamentos e veículos inteligentes fosse processado e analisado em tempo real. Essa velocidade e capacidade são essenciais para a Internet das Coisas.
- IA e Machine Learning: além de gerenciar e processar o grande volume de dados da IoT, essas tecnologias permitem analisá-los e aprender com eles. O Big Data é o prato predileto da inteligência artificial e do Machine Learning. Quanto maiores e mais diversos forem os conjuntos de dados, mais robustos e precisos serão os insights e as informações oferecidos pelas funções analíticas avançadas baseadas em IA. A ascensão dos dispositivos de IoT teve um crescimento acentuado com o avanço da inteligência artificial e seu apetite por dados.
- Computação na nuvem: da mesma forma que a conectividade foi essencial no desenvolvimento da Internet das Coisas, a ascensão da computação na nuvem também esteve intimamente ligada à sua evolução. Com capacidade de entregar poder de processamento e grande volume de armazenamento sob demanda, os serviços de IoT na nuvem abriram caminho para os dispositivos IoT coletarem e transmitirem conjuntos de dados cada vez maiores e mais complexos.
Como a IoT funciona?
Os dispositivos de IoT são nossos olhos e ouvidos quando não estamos fisicamente presentes e capturam os dados que são programados para coletar. Esses dados podem ser recebidos e analisados para embasar e automatizar ações ou decisões subsequentes. Há quatro fases principais nesse processo:
Quatro fases fundamentais da Internet das Coisas
- Capturar os dados. Por meio de sensores, os dispositivos da IoT capturam dados do ambiente. Podem ser dados simples, como a temperatura, ou complexos, como um feed de vídeo em tempo real.
- Compartilhar os dados. Pela conexão de rede disponível, os dispositivos IoT enviam esses dados para um sistema de nuvem público ou privado (dispositivo-sistema-dispositivo), para outro dispositivo (dispositivo-dispositivo), ou os armazenam no local para processamento posterior.
- Processar os dados. Neste ponto, o software está programado para fazer algo com base nos dados, como ligar um ventilador ou enviar um alerta.
- Atuar com base nos dados. Os dados acumulados de todos os dispositivos de uma rede IoT são analisados. Assim se obtêm insights poderosos para embasar com confiança ações e decisões de negócios.
Exemplos de redes de IoT em ação
As redes de IoT e os dados que produzem operam em praticamente todos os aspectos da vida moderna – em casa, no carro, nas lojas e até em nosso corpo.
- Casas inteligentes: muitos já estão intimamente familiarizados com as redes de IoT na própria casa. Com interruptores, sensores e dispositivos inteligentes que se comunicam por meio de protocolos como Z-Wave ou Zigbee, os sistemas de automação doméstica podem monitorar e controlar iluminação, temperatura, sistemas de segurança, aparelhos e muito mais, inclusive à distância. Se você se esquecer de apagar as luzes ou desligar o forno antes de sair, poderá fazê-lo pelo celular com dispositivos habilitados para IoT.
- Rede elétrica inteligente: com IA e tecnologia de funções analíticas avançadas, as redes inteligentes usam soluções de IoT que integram a tecnologia e ajudam os consumidores a dosar e entender melhor a energia que usam e até produzem com painéis solares e outros meios. Os sensores de IoT da rede detectam com antecedência possíveis riscos e redistribuem a energia conforme necessário para evitar ou minimizar interrupções e outros problemas. Os sensores também identificam problemas mecânicos e alertam os técnicos quando os reparos são necessários. Tudo isso ajuda o consumidor de energia a ter mais insight e controle.
- Cidades inteligentes: de acordo com o Smart City Index (SCI), a cidade inteligente é "um cenário urbano que aplica tecnologia para melhorar os benefícios e diminuir as deficiências da urbanização". O aumento da população, os congestionamentos e o envelhecimento da infraestrutura são alguns desafios que a IoT ajuda a enfrentar. Com sensores, medidores e outros dispositivos IoT, os urbanistas podem monitorar e coletar dados para resolver os problemas proativamente. Por exemplo, sensores instalados no sistema de drenagem de águas pluviais medem o nível da água e automatizam ações que evitam inundações quando o nível sobe muito.
- Carros conectados: hoje, praticamente todos os carros novos saem da linha de montagem com IoT e funcionalidade inteligente e espera-se que a presença dos carros 5G aumente nos próximos cinco anos. Os sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS) que usam a tecnologia IoT ajudam evitar colisões, planejar rotas, estacionar em vagas apertadas e muito mais. E à medida que a IoT automotiva se desenvolve, vemos cada vez mais conectividade com dispositivos externos, como semáforos, pedestres, notícias, fontes meteorológicas e provedores de streaming de entretenimento.
- IoT no varejo: as soluções de IoT voltadas ao cliente são cada vez mais usadas para aprimorar a experiência na loja. As câmeras inteligentes ativadas por movimento, prateleiras inteligentes e tecnologias de beacon e RFID ajudam os compradores a localizar itens com um aplicativo móvel. Tudo isso facilita o compartilhamento de informações de estoque e o envio de promoções contextualizadas aos clientes enquanto visitam a loja. À medida que o limite entre a experiência de compra na loja e online se desfaz, as soluções de IoT melhoram a experiência do cliente, rastreiam os veículos de entrega e expedição e permitem que o cliente personalize melhor seu plano de compras.
- Telessaúde: é cada vez mais comum ver dispositivos médicos baseados em IoT para o consumidor, como os relógios inteligentes e dosadores de medicamentos que ajudam o médico a monitorar o paciente remotamente. Entre os avanços mais fascinantes da telessaúde estão as ferramentas cirúrgicas inteligentes. Elas são importantíssimas para os pacientes em áreas remotas ou pouco desenvolvidas. Essas ferramentas permitem que médicos distantes se conectem com os melhores cirurgiões do mundo, façam cirurgias guiadas, diagnósticos remotos e até monitorem pacientes anestesiados nesse período crítico.
- Gestão do trânsito: por meio de uma rede de sensores, câmeras e outros dispositivos, a tecnologia de IoT pode ser usada para reduzir congestionamentos e oferecer opções práticas de redirecionamento. Por exemplo, o fluxo de dados pode ser usado em tempo real para ajustar a abertura dos semáforos e garantir o fluxo constante do tráfego em condições dinâmicas. Os sensores de luz podem detectar e ajustar o brilho da iluminação para dar a visibilidade ideal, e os sensores rodoviários percebem acidentes e avisam automaticamente os problemas.
Quais são os usos industriais dos dados da IoT?
Dos trilhões de gigabits de dados gerados a cada ano, a IoT Industrial (IIoT) é a maior produtora de dados (e a que mais cresce). Grande parte deles vem de quase um bilhão de câmeras de vigilância no mundo inteiro. Uma quantidade enorme também é gerada por aplicativos conectados de carros, fábricas e meios de transporte. Atualmente, os dados da IIoT são gerados, reunidos e aproveitados em praticamente todos os setores, da gestão da cadeia de suprimentos aos serviços de saúde.
Uma das áreas em que a tecnologia IIoT cresce mais rápido é a de produção e cadeias de suprimentos. Em uma fábrica inteligente, os sensores detectam e até preveem problemas mecânicos para manter tudo funcionando com estabilidade. Eles também coletam e analisam dados operacionais para descobrir processos e workflows mais rápidos e eficientes – que possam ser automatizados por meio de um sistema central. Nas cadeias de suprimentos, as soluções de IoT simplificam as operações de ponta a ponta. Os suprimentos e as matérias-primas podem ter sua segurança e procedência rastreadas. As logísticas de carga, transporte e última milha podem ser monitoradas em tempo real. E os clientes podem receber atualizações em tempo real sobre a situação dos seus pedidos ou a origem dos seus produtos.
Explore a IoT em ambientes industriais
Saiba mais sobre a IIoT e como ela pode beneficiar suas operações de produção.
Newsletter SAP Insights
Assine ainda hoje
Receba insights importantes assinando nossa newsletter.